Com preços menores, Butantã é porta de entrada da zona oeste



O Butantã e suas adjacências são uma opção para quem quer morar na região mais querida de São Paulo, segundo pesquisa recente do Datafolha, mas não pode arcar com o preço de um imóvel valorizado demais.

O metro quadrado de novos empreendimentos no bairro é R$ 2.000 mais barato que a média da zona oeste, segundo dados da consultoria Geoimovel.

No extremo oeste de São Paulo e próximo das rodovias Raposo Tavares e Castelo Branco, o bairro é porta de entrada para moradores de municípios vizinhos, como Osasco e Carapicuíba.

“Essa característica ajuda a explicar a boa oferta de transporte público”, diz Bruno Vivanco, vice-presidente da imobiliária Abyara.

Além do corredor de ônibus da avenida Francisco Morato, a região conta com a estação Butantã, da linha 4-amarela do metrô, as ciclovias das avenidas Eliseu de Almeida e Escola Politécnica e a estação Cidade Universitária, da linha 9-esmeralda da CPTM.

“Ônibus é ótimo por aqui, mas gostaria de saber andar de bicicleta”, diz Carolina Garbelotto de Castro, 27, professora. “É um bairro cheio de ciclistas”, completa.

Desde o começo do ano, Castro divide um apartamento de 65 m² com a musicista Angélica da Silva Avante, 26.

O transporte, além do preço, também foi o que atraiu o coordenador de TI Rafael Carlos Cerutti de Oliveira, 28, ao bairro. Em 2011, ele se mudou de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para uma casa de condomínio compartilhada com outras pessoas. Em 2012, comprou um apartamento de 82 m² no Parque dos Pássaros, empreendimento da PDG com unidades vendidas a partir de R$ 464 mil.

A empresa tem outro residencial pronto para morar na região, o Vert Cidade Universitária, com apartamentos de 57,24 m² a 77,87 m² e preços a partir de R$ 439 mil.

Perto da universidade, na avenida Corifeu de Azevedo Marques, a incorporadora Upcon acaba de entregar o UP Life Cid. Universitária, com apartamentos de dois quartos, 60 m² e preço em torno de R$ 520 mil.

Em uma travessa da Corifeu, na Eng. Heitor Antônio Eiras Garcia, a Gafisa trabalha no Easy Cidade Universitária, com unidades de dois e três dormitórios.

MANTO VERDE

O Butantã cresce mantendo características de bairro residencial, com ampla área verde. “As ruas são largas e muito mais arborizadas que no resto da cidade”, diz Nelson Terra Barthi, 77, advogado e presidente da associação de moradores do Caxingui, na “Grande Butantã”.

Em 2013, a cobertura vegetal do Butantã era de 47 metros quadrados por habitante -no vizinho Pinheiros, essa relação cai para 21.

Boa parte da área verde do Butantã está na Cidade Universitária, campus da USP com quase 925 mil m² de áreas comuns ajardinadas.

“Na USP, podemos passear e praticar atividades físicas, e é muito mais perto que o Ibirapuera”, afirma Barthi.

Nem tudo são jardins. A principal queixa dos moradores do Butantã envolve violência, sobretudo roubos.

“Em 2015, fui rendido e levaram meu carro”, conta Oliveira. De janeiro a junho deste ano, o 51º DP Butantã registrou 240 roubos de veículos -em Pinheiros, foram 155.

Segundo Barthi, os moradores do Caxingui estão planejando criar grupos de “vigilância solidária”. “A ideia é facilitar a comunicação entre as pessoas usando o WhatsApp e Facebook.”

Em nota, a Secretaria de Segurança Público do Estado diz que a polícia trabalha na região com equipes de patrulhamento e que criou um conselho com membros da polícia e da sociedade civil “para discutir a segurança no bairro e apontar as prioridades”.

Fonte: Folha de S. Paulo

ANAÏS FERNANDES

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