A rua Alvarenga, conhecida por ser rota para as rodovias Raposo Tavares e Régis Bitencourt e também por abrigar o principal portão da Universidade de São Paulo, foi alvo de debate na audiência da Lei de Zoneamento, ocorrida no último sábado (3/10), no CEU Butantã. Extensa, a via possui diversos trechos e tipos de zoneamento, mas o foco esteve entre o que compreende a Ponte Cidade Universitária e a avenida Vital Brasil.

Paulo Sérgio, proprietário de um imóvel nesse trecho da via, pede que se mantenha o que o Executivo propôs para o zoneamento local: manter como Zona Corredor 3. “A rua Alvarenga está fora da zona do rodízio de veículos, então possui um tráfego intenso 24 horas. Como você pode ter um zoneamento para uma rua dessas que permita o uso residencial e de alguns serviços? Não há mais condições de morar na rua Alvarenga!” Paulo cresceu na rua, em uma casa que pertencia à sua mãe. Ele recorda que o lugar era muito calmo e o início de sua degradação veio com a inauguração da Ponte Cidade Universitária.

Marion Lutemberg, integrante da associação de moradores Butantã/ Cidade Universitária) acredita que é possível retomar a tranquilidade que existia naquela região. Basta mudar o zoneamento. “O nosso bairro [Butantã] é pequeno e estão propondo uma Zona Corredor no meio [avenida Valentim Gentil] e no perímetro todo. Então, ele [o bairro] seria estrangulado. Na rua Alvarenga está prevista a Zona Corredor 3, o que seria muito prejudicial. Poucas pessoas querem morar ao lado de comércio, o que acaba chamando ainda mais comércio para a via”, disse.

Relator do projeto de revisão da Lei de Zoneamento, o vereador Paulo Frange (PTB) destacou que cerca de 66 % da habitações na região administrada pela subprefeitura do Butantã, que contempla os distritos de Raposo Tavares, Rio Pequeno, Vila Sônia, Morumbi e Butantã são horizontais. “Apenas um terço dos outros 33% são imóveis verticais”, afirmou.

Fonte: portal da câmara municipal de São Paulo

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