Por Valor Econômico
Chiara Quintão
Os dados de lançamentos e vendas de unidades residenciais novas na cidade de São Paulo até novembro levam o Secovi-SP, o Sindicato da Habitação, a avaliar que a queda dos dois indicadores no acumulado de 2016 deva ter sido da ordem de 20%. Para este ano, a expectativa é que haja crescimento de 10%, segundo o presidente do Secovi-SP, Flávio Amary.
“Há mudança nas taxas de juros e preocupação do governo com assuntos microeconômicos, como os distratos”, afirma Amary. O presidente do Secovi-SP ressalta que o ano foi “muito difícil”.
De janeiro a novembro, as vendas de unidades residenciais novas encolheram 18,7%, para 14.048 unidades na capital paulista. Os lançamentos caíram 19,5%, para 15.603 unidades, conforme dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) divulgados pelo Secovi- SP.
Em novembro, as vendas tiveram queda de 30,3%, na comparação anual, para 1.724 unidades. Segundo o Secovi-SP, novembro foi o segundo melhor mês em vendas do ano passado.
O Valor Geral de Vendas (VGV) comercializado, de R$ 1,022 bilhão, foi 24,8% inferior ao de novembro do ano anterior, considerando-se valores atualizados pelo INCC-DI, conforme o Secovi-SP. A velocidade de comercialização medida pelo indicador VSO (vendas sobre oferta) ficou em 6,5%, ante 8,3% um ano antes.
Houve lançamento de 3.214 unidades residenciais em novembro, volume 8,8% inferior ao do mesmo mês de 2015. Segundo o Secovi-SP, foi o mês com maior número de unidades lançadas em 2016. “Cerca de um terço dos lançamentos do ano ocorreu em outubro e novembro. É uma sinalização positiva de melhora do cenário”, diz Amary.
No fim de novembro, o setor tinha 24.968 unidades disponíveis para venda, incluindo imóveis na planta, em construção e prontos, lançados a partir de dezembro de 2013. Uma alta de 8,2% na comparação anual e aumento de 1,6% em relação a outubro.