Crédito imobiliário volta a cair, diz Abecip

Por: Valor Econômico – Vinícius Pinheiro

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A retomada da economia em um ritmo mais lento do que o esperado adiou a recuperação do crédito imobiliário. Os financiamentos com recursos da poupança devem registrar redução de 3,5% neste ano. A projeção anterior da Abecip, associação que representa as instituições que atuam no setor, era de um crescimento de 5%.

“Esperávamos que a reação começasse no primeiro semestre”, afirmou Gilberto Abreu, presidente da Abecip. Nos primeiros seis meses deste ano, o volume de financiamento com recursos da poupança atingiu R$ 20,6 bilhões, queda de 9,1% em relação ao mesmo período de 2016. Incluindo os recursos do FGTS, o crédito imobiliário deve registrar uma pequena alta de 1% neste ano, diz a Abecip.

A redução da taxa básica de juros (Selic), contudo, deverá estimular a retomada do setor a partir do segundo semestre. “Todas as vezes em que o juro cai para o patamar de um dígito a gente vê o mercado imobiliário mais pujante”, disse Abreu. O juro menor torna as fontes de recursos para o financiamento imobiliário mais atrativas.

A poupança vem revertendo a trajetória de resgates dos últimos anos e apresentou captação líquida de R$ 4,6 bilhões no segundo trimestre. A queda da Selic também estimula a captação de recursos com outros instrumentos, como as letras de crédito imobiliário (LCI). A taxa de referência, que chegou a atingir os 16% ao ano, hoje está em 10% ao ano. O juro baixo também viabiliza a letra imobiliária garantida (LIG), novo instrumento de captação criado para financiar o setor, segundo Abreu.

Com a melhora da economia, a expectativa da Abecip é de uma redução nos distratos. Abreu defendeu, contudo, a regulamentação dos cancelamentos de compras de imóveis. A proposta em estudo prevê que, para imóveis de até R$ 250 mil, a incorporadora possa reter até 20% do valor pago, limitado até 5% do valor do imóvel. Para imóveis acima desse valor, o percentual sobe para até 50%, limitado a 10% do preço do imóvel.

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