Selos de construção sustentável chegam a prédios residenciais mais econômicos

 

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Empreendimentos de baixo e médio padrão começam a receber selos “verdes”, emitidos quando uma construção tem pouco impacto ambiental e ajuda a economizar recursos naturais.

Projeto da área de lazer do KlubHaus, da incorporadora Hausbau, em Cajamar (Grande SP).

Com apartamentos de até 75 m² e valores entre R$ 180 mil e R$ 400 mil, os residenciais KlubHaus de Cajamar (Grande São Paulo) e Jundiaí, no interior do Estado, serão entregues com o selo de sustentabilidade Aqua-HQE (Alta Qualidade Ambiental).

Na prática, a certificação significa que os empreendimentos terão captação de águas pluviais para uso na limpeza do estacionamento, por exemplo, e geração de energia solar para a iluminação de áreas comuns.

O projeto deve garantir uma economia de 17% a 25% de eletricidade, e de 25% a 35% de água em áreas comuns -valores estimados pela Hausbau, incorporadora responsável pela obra, e pela Fundação Vanzolini, que concede o selo.

POPULAR SUSTENTÁVEL

Além de reduzir o impacto ambiental, residências que levam algum selo de sustentabilidade são mais econômicas e tendem a se valorizar para venda e locação.

Dados de uma pesquisa realizada em casas do programa federal de habitação popular Minha Casa, Minha Vida em Divinópolis (interior de Minas Gerais), que possuem o selo Casa Azul, da Caixa Econômica Federal, demonstram que as contas de água e energia elétrica são cerca de 30% mais baratas nas residências com certificado do que em casas sem o selo.

O custo de construir um empreendimento como esse, no entanto, é geralmente maior. De acordo com Hamilton de França Leite, vice-presidente de sustentabilidade do Secovi-SP (sindicato do setor), o gasto adicional fica na faixa de 1% a 8%, dependendo das medidas adotadas.

“Existe custo extra, mas é menor do que as pessoas imaginam. Por outro lado, os benefícios que o investimento adicional em economia traz chega a ser até cinco vezes o seu valor”, diz Leite.

Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia, empresa de consultoria para construções sustentáveis, estima que o custo extra retorne para o proprietário na forma de economia de luz e água em cerca de seis anos.

“Por causa da maior eficiência, em vários países o valor de venda do imóvel com selo sustentável é superior. Daqui a cinco anos já veremos essa tendência no Brasil”, afirma Bruno Casagrande, responsável pelo desenvolvimento de negócios da certificação Aqua-HQE.

Ferreira, da Inovatech, lembra que as medidas de eficiência energética e hídrica instaladas nos condomínios têm maior resultado nas áreas comuns.

Para as medidas surtirem efeito dentro da residência, o morador tem um papel essencial, tanto na escolha dos equipamentos -como lâmpadas, chuveiro e torneiras- quanto no seu uso.

Fonte: Folha de SP

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