Projetos multiúso que juntam casa, hotel e escritórios são tendência

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Morar, trabalhar, comprar e se divertir no mesmo local. Os condomínios de múltiplo uso, que reúnem apartamentos, salas comerciais, hotéis e lojas, são tendência no mercado imobiliário.

“É uma resposta ao consumidor que hoje quer ter tudo perto para diminuir o tempo no trânsito”, diz José de Albuquerque, diretor de incorporação da Brookfield.

A incorporadora tem oito empreendimentos nesse perfil, entre eles o Cadoro, na rua Augusta, centro de São Paulo. Em um terreno de 8.000 m², abriga 374 apartamentos residenciais, 387 salas comerciais e um hotel com 147 quartos. A inauguração deve acontecer ainda neste ano.

Os imóveis vão de 40 m² a 79 m², a partir de R$ 714,6 mil.

Gustavo Guzzoni, 32, se mudou para o Cadoro há seis meses, quando se tornou gerente do hotel. “Nada é melhor do que descer do elevador, andar 50 metros e estar no escritório. Vários vizinhos arquitetos e advogados compraram salas no local para facilitar a rotina”, afirma.

A proximidade, contudo, tem seus desafios, como a falta de privacidade. “Eu consigo ver o hotel da minha janela e às vezes encontro um funcionário ou colega no restaurante quando quero relaxar.”

Não há levantamento oficial sobre empreendimentos mistos, mas especialistas do setor dizem que a demanda está crescendo.

Em parte, por conta do atual Plano Diretor de São Paulo, que prevê estímulos a edifícios de uso misto em áreas consideradas eixos de transporte e às edificações de fachada ativa, com comércio no térreo e espaços públicos.

“Por que os prédios têm de estar isolados num lote, murados e completamente apartados da cidade?”, indaga Eduardo Nardelli, professor de arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Com a proposta de integrar residência e áreas públicas, a Odebrecht desenvolve dois projetos multiúso na Chácara Santo Antônio, na zona sul de São Paulo.

O Praça São Paulo ocupa uma área de 17 mil m² e conta com uma praça pública de 3.600 m². A obra prevê 157 apartamentos de 53 m² a 93 m², cem salas comerciais, uma galeria com 16 lojas e um hotel -todos com preço médio de R$ 12,5 mil por m².

TUDO CONCENTRADO

Já o Parque da Cidade ocupa 80 mil m² onde ficarão cinco torres corporativas, uma de escritórios, duas residenciais, um shopping, um hotel e um parque de 62 mil m² aberto ao público.

As salas comerciais são comercializadas por R$ 13,5 mil o m². Não há valor definido para os apartamentos.

“Temos boa demanda e é o tipo de empreendimento que está sempre no nosso radar”, afirma Juliana Monteiro, diretora da Odebrecht, que já desenvolveu 12 condomínios com esse perfil.

Natalia Frisoli, 44, administra uma clínica no Parque da Cidade e diz esperar que o local se torne ponto de referência para os clientes.

“Mudamos para cá pensando no conforto do paciente com toda a estrutura em volta. É uma tendência em São Paulo concentrar tudo por perto para ganhar tempo e qualidade de vida.”

Fonte: Folha de SP

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