Gestores de fundos imobiliários descartam bolha imobiliária

Alguns dos principais gestores e especialistas em fundos imobiliários do país participaram na quarta-feira (16) do Painel InfoMoney – Fundos Imobiliários, com transmissão ao vivo no site.

A mesa contou com Alexandre Machado, gestor de fundos imobiliários da Credit Suisse Hedging Griffo; Carlos Martins, sócio-executivo da Kinea e gestor do fundo Kinea Renda Imobiliária e dos fundos de incorporação imobiliária (Real Estate Equity); Edoardo Fina, coordenador da consultoria imobiliária Colliers; e Rodrigo Machado, diretor e sócio da XP Investimentos, responsável pela plataforma de negócios financeiros imobiliários do grupo XP.

O moderador foi Paulo Colaferro, CFP, membro do IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros) e sócio do multi family office Taler.

Superoferta e suposta bolha

Um dos assuntos em pauta no debate foi a grande oferta de imóveis comerciais em determinadas regiões do país, e os rumores de que haveria uma bolha prestes a estourar. Edoardo Fina, da Colliers, afirmou que de fato houve um aumento de vacância nos imóveis comerciais em São Paulo, ocasionada pelas novas entregas de edifícios nos últimos anos.

Ao mesmo tempo, ele lembrou que a vacância não preocupa apenas quando está muito alta, mas também quando é baixa demais. “Uma vacância de 2% também não é saudável”, lembrou. Isso porque, com a maioria dos imóveis ocupados, a capacidade de negociação do locatário diminui e a tendência é que os preços aumentem.

Os participantes também afirmaram que, em momentos de excesso de oferta, ativos de pior qualidade em regiões secundárias tendem a sofrer mais do os imóveis de alto padrão localizados em regiões estratégicas. Por isso é importante que o investidor analise a carteira do fundo antes de comprar suas cotas e dê preferência por aqueles que possuem imóveis de alto padrão.

Alexandre Machado, da CSHG, disse que o mercado de escritórios comerciais é cíclico e que é natural que haja momentos de uma oferta maior, seguidos de períodos de equilíbrio. “É uma boa hora para as empresas procurarem prédios melhores, mais bem localizados”, disse.

Sobre uma possível bolha, todos concordaram que não há indícios que apontem nesta direção. “O Brasil tem uma história de anos de preços de imóveis andando de lado. Houve um aumento, mas não há indícios de bolha. Falar que vai estourar bolha depois da Copa não tem fundamento”, afirmou Fina.

“No Brasil, a alavancagem (nível de endividamento) é muito baixa e qualidade do credito é boa. Quando falamos em imóveis residenciais, temos que lembrar que o brasileiro compra casa pra morar, não pra especular. É preciso dar uma entrada de 30%. A qualidade do risco da carteira dos grandes bancos é boa”, destacou Martins, da Kinea.

Mesmo com o crescimento do número de financiamento nos últimos anos, o crédito imobiliário no Brasil ainda é inferior a 8% do PIB (Produto Interno Bruto), destacaram. Já nos Estados Unidos, quando a bolha de imóveis estourou, o crédito chegava perto de 90% do PIB. “Estamos muito distantes, ou na pior das hipóteses, não temos combustível para influenciar bolha, que é o endividamento”, disseram.

Fonte: Infomoney.com.br

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