Investir em imóveis nos EUA vai além da moradia

Por: DCI – Gabriel Proiete de Souza

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Em um cenário de alta volatilidade do mercado imobiliário brasileiro, investir em imóveis fora do País, em especial nos Estados Unidos, pode ser uma alternativa rentável para aqueles que possuem recursos e buscam diversificar sua renda.

Na avaliação de especialistas consultados pelo DCI, a retomado do mercado norte-americano, além da reconhecida segurança são possíveis garantias ao investidor, que pode encontrar entradas de 30% a 35% do valor do empreendimento e conseguir, a depender de quanto tomar de crédito, de 3% a 4,5% de juros no financiamento do imóvel.

De acordo com Roberto Sphiegel, da Morar EUA, empresa situada no país e que presta serviço para imigrantes, algumas noções gerais das regras locais devem ser entendidas antes de se tomar qualquer atitude. “É importante que, quem queira investir, saiba algumas condições. Como está a valorização da região – pois existem regiões já em alta e outras que ainda tendem a valorizar – e os detalhes sobre as regras do imóvel que o investidor está buscando são os primeiros requisitos. Existem especificidades, como a proibição de alguns tipos de aluguel. Mesmo com as claras possibilidades de rentabilidade, o investidor tem que entender o que está comprando”, explica o especialista.

Bem conhecidas e povoadas pelos brasileiros, Orlando e Miami são os locais mais atrativos para esse tipo de investimento. A primeira, sede da cativante Walt Disney World, é considerada a que apresenta maior expansão no setor imobiliário, e mais diversidade nos modelos. Hoje, cerca de 80 mil brasileiros vivem em Orlando, e segundo Ricardo Molina, CEO da Talent Realtors, uma das principais imobiliárias da cidade, entre 60% e 70% chegaram nos últimos dois anos.

The City Beautiful (a cidade bonita, em inglês, como é conhecida Orlando), atualmente, cresce 4,5% ao ano, 1 ponto percentual acima da média nacional dos Estados Unidos. A possibilidade de transformar o imóvel em uma “hospedagem alternativa” para turistas – como são chamados os “imóveis de temporada” – é um dos fatores que mais atraem investidores brasileiros.

Diferentemente dos aluguéis tradicionais, os imóveis de temporada permitem locações de curto período, quase que exclusivamente para pessoas que pretendem aproveitar os lugares turísticos da cidade – tanto os próprios norte-americanos, quanto as de outras nacionalidades. Em 2008, existiam por volta de 800 mil imóveis de temporada no mundo, número que saltou para 3,9 milhões em 2015 e, ainda, tem perspectiva de crescimento em 70% para os próximos dois anos. Um trunfo para quem deseja realizar esse tipo de empreendimento é a possibilidade de aproveitar a casa para a própria família quando não estiver sendo usada.

“Essa tendência da hospedagem alternativa, administrada de uma forma profissional, tem se desenhado como uma nova oportunidade para o investidor imobiliário. A primeira característica é a vocação: são imóveis para férias, normalmente estão dentro de condomínios do tipo resort, onde existe estrutura de lazer e segurança 24 horas. A segunda é que os serviços estão todos inclusos na taxa de condomínio, para não ter que se preocupar com essa alta demanda. E a terceira característica importante, é que o imóvel precisa estar numa região da cidade adequada para isso, autorizada pelas próprias autoridades locais e a associação de moradores”, alerta Molina. Hoje, existem 32 mil casas do tipo ao redor da Disney.

Ainda segundo o CEO da Talent Realtors, a liquidez que o investidor tirará anualmente desse tipo de empreendimento fica de 4% a 6% – na forma tradicional de locação, o rendimento por ano fica estacionado nos 5%. A maior diferença entre as duas formas são o mercado que elas compõem: enquanto os imóveis comprados e alugados para um determinado grupo de pessoas fixamente fazem parte do mercado imobiliário, as residências por temporada estão mais ligadas ao turismo.

Já Miami, reduto de muitos brasileiros que saem do País em direção aos EUA, pode ser considerada, no setor imobiliário, um local “saturado”. Diferentemente de Orlando, onde há ainda considerável espaço para expansão, a magic city – cidade mágica, em inglês como é chamada, e conhecida pelas belas praias – já é apinhada de imóveis de alto valor. “Miami também cresce, mas em um ritmo diferente e com características diferentes”, diz Sphiegel. “Na cidade, em geral é permitido apenas quatro alugueis ao ano. Quem vai para lá está em busca de glamour e da proximidade com a América Latina”, continua Molina.

Pessoa jurídica

A aquisição de imóveis nos EUA pode ser, ainda, vantajosa em termos tributários. No país, o imposto de sucessão – taxa cobrada para o imóvel ser herdado por familiares – pode chegar a 40% do valor do imóvel, algo praticamente anulado quando o proprietário é uma Empresa de Responsabilidade Limitada (LLC), comum nos Estados Unidos, e normalmente comandada por outra empresa (espécie de holding).

“Você pode abrir uma empresa nos EUA e essa empresa ser a dona do imóvel, pura questão estratégica por conta dos impostos. Dependendo do empreendimento e principalmente da intenção da família, é recomendável”, diz Sphiegel.

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