Saiba como as mudanças da Caixa afetaram o financiamento imobiliário nos demais bancos

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Com as mudanças das taxas e regras da Caixa Econômica Federal para o financiamento imobiliário, que passaram a valer em maio, quem comprar um imóvel usado pelo SFH (Sistema Brasileiro de Habitação) deverá dar uma entrada de no mínimo 50% e financiar a outra metade. Antes, a entrada mínima era de 20%. No caso do SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), o valor mínimo da entrada passou para 60% e o consumidor pode financiar os outros 40%.

Segundo Daniele Akamines, sócia-diretora da Akamines Negócios Imobiliários, os outros bancos ganham competitividade com as novas regras e estão com disposição para continuar emprestando.

Assim, tais instituições podem ocupar a fatia do mercado que não está sendo suportada pela Caixa. “O Bradesco, por exemplo, anunciou no último mês que pretende crescer cerca de 20% no crédito imobiliário neste ano”, conta.

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No mês de maio todos os bancos sinalizaram algum tipo de mudança nas regras do financiamento imobiliário

Daniele explica que, no mês de maio, todos os bancos sinalizaram algum tipo de mudança. “Itaú e Santander reduziram o LTV (Loan-To-Value) de 80% para 75% e 70%, respectivamente. Houve, ainda, aumento na taxa de juros de todas as principais instituições e o Banco do Brasil aumentou o prazo de financiamento para até 420 meses”, conta a advogada.

Após o aumento da taxa de juros no BB e na CEF, todos os principais bancos terminaram o mês de maio com taxas mais elevadas. Daniele cita que o Itaú trabalha com taxa personalizada, que varia de acordo com o perfil do cliente, mas a taxa de balcão aumentou para 10,4% ao ano e prazo máximo de 30 anos.

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Taxa de juros para financiar imóvel no Banco do Brasil está mais alta (Foto: Shuttertstock)

Já o Bradesco aumentou a taxa de SFH, que está variando entre 9,8% e 11% ao ano, e no SFI de 10,4% a 14% ao ano, também com prazo máximo de 30 anos.

O Santander criou taxas diferenciadas dependendo do percentual a ser liberado. Clientes SFH com financiamento menor de 50% do imóvel (10,8% a 11,3% ao ano) e entre 50% e 70% (11,4% a 11,5% ao ano); clientes SFI com financiamento menor de 40% do imóvel (11,5% a 11,9% ao ano) e entre 40% e 70% (12,4% a 12,5% ao ano).

Para clientes Select o percentual poderá chegar a 80% e a taxa de juros a 9,9%, com prazo máximo de 35 anos. No Banco do Brasil, a taxa é de 10,4% ao ano para clientes SFH ou SFI, com prazo que pode chegar até 35 anos.

“O crédito não está mais difícil, mas o dinheiro está mais caro com o aumento da taxa de juros. Dessa forma, é importante que o cliente pesquise as melhores alternativas de taxas e também os  preços dos imóveis”, aconselha Daniele.

Aprovação de crédito para o financiamento imobiliário

Daniele explica que, para a aprovação do crédito do cliente, o banco leva em consideração se existe algum apontamento nos órgãos de proteção ao crédito (SPC/SERASA) e se o cliente salda suas dívidas pontualmente, além de avaliar qual a fonte de renda e o tempo de atividade.

“Outra questão importantíssima é o percentual máximo da renda que é possível comprometer. Os bancos normalmente comprometem até 30% da renda do cliente, lembrando que é feita uma consulta ao SCR (Sistema de Informações de Crédito do Banco Central)”, afirma.

O SCR é um sistema de consulta e registro de operações de crédito, avais e fianças prestados e limites de crédito concedidos por instituições financeiras a pessoas físicas e jurídicas no país. Atualmente, são armazenadas no banco de dados do SCR as operações dos clientes com responsabilidade total igual ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais) a vencer e vencidas, e os valores referentes às fianças e aos avais prestados pelas instituições financeiras a seus clientes, além de créditos a liberar contabilizados nos balancetes mensais.

Daniele alerta que, para analisar a capacidade de pagamento do cliente, os bancos levam em conta as informações disponíveis no SCR. “Caso o cliente tenha um alto comprometimento no curto prazo é muito provável que o crédito seja recusado mesmo que não tenha nada vencido”, adverte.

Fonte: revista Zap Imóvel

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