Prédios com captação de água de chuva e energia solar despontam em SP

 

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Daqui a algumas semanas, o corretor de imóveis Edson da Silva Alexandre, 41, vai pegar as chaves de seu novo apartamento na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Ele se mudará com a família para um prédio com horta comunitária, árvores frutíferas, piscina aquecida por energia solar, captação de água da chuva e água de reúso.

“Tenho todas essas soluções sustentáveis e ainda por cima condomínio mais barato”, conta o corretor, dono de um imóvel de 124 m² no Atrative, da Odebrecht.

O prédio tem o selo Aqua-HQE de construção sustentável, certificação de origem francesa adaptada ao Brasil pela Fundação Vanzolini. São apartamentos de 69 m², 95 m² e 124 m², vendidos a partir de R$ 14,7 mil o m².

Alexandre não está sozinho na sua preferência. “As nossas pesquisas mostram que a sustentabilidade ainda não é um fator de decisão de compra, mas é um argumento que vem ganhado peso”, diz Ricardo Toscani,
diretor de construção da Odebrecht.

No Brasil, são 104 empreendimentos certificados pelo Acqua-HQE. Para conseguir o selo, a construtora deve atender 14 categorias de qualidade ambiental, que vão desde a relação do edifício com o seu entorno durante o processo construtivo, passando por gestão eficiente de água, energia e resíduos até o conforto térmico, acústico e olfativo dos moradores.

Em média, existe um custo adicional de entre 1,6% e 8,6% para que um empreendimento cumpra todas as exigências, explica Hamilton Leite, vice-presidente de sustentabilidade do Secovi-SP (sindicato do setor).

Para Silvio Gava, diretor-executivo técnico e de sustentabilidade da Even, o valor é baixo. “As pessoas acreditam que a sustentabilidade encarece, mas, na verdade ela te obriga a ser mais competitivo. Você reduz o desperdício e oferece algo que o concorrente não tem”, diz.

No mês que vem, a construtora entrega o Mariz Vila Mariana, no bairro de mesmo nome, com apartamentos de 100 m², três dormitórios e valor médio de R$ 1,1 milhão.

DIFERENCIAL

Mesmo incorporadoras sem a certificação têm adotado soluções consideradas ecológicas em seus empreendimentos, como priorizar a iluminação e a ventilação natural e investir em grandes áreas verdes.

Este é o caso do Seed, lançado pela incorporadora Gamaro, que será erguido na Vila Olímpia, na zona oeste, com apartamentos de 81 m² e 84 m² e o metro quadrado avaliado em R$ 13,2 mil.

Com um jardim vertical na fachada, cada unidade contará com varanda de até 4,8 m² de vegetação com espécies da mata atlântica, árvores frutíferas e rega automatizada.

“No Brasil, 90% do paisagismo é feito com plantas estrangeiras, que exigem mais água e cuidados de manutenção. Para se ter um plantio econômico e sustentável, é necessário usar plantas nativas”, explica o paisagista do projeto, Ricardo Cardim.

Leite, do Secovi-SP, diz que a certificação não é necessária, mas afirma que o empreendimento foi auditado e cumpre os requisitos para ser considerado sustentável.

Ele acrescenta que qualquer medida nessa direção representa ganho potencial para os moradores e a cidade. “Se todos os imóveis adotassem soluções verdes, haveria, por exemplo, menos consumo de água e menor necessidade de investimento em infraestrutura”, afirma.

Fonte: Folha de SP

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