Desempenho de vendas de imóveis novos melhora em março

De acordo com o Secovi-SP, mercado imobiliário da cidade de São Paulo encerrou o primeiro trimestre com resultados positivos em termos de lançamentos e vendas

Por: SECOVI/SP

A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, apurou em março a comercialização 1.233 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O volume é 54,5% superior ao total vendido em fevereiro (798 unidades) e 15,2% acima do resultado de março de 2016, quando foram comercializadas 1.070 unidades. O acumulado de 12 meses (abril de 2016 a março de 2017) aponta a comercialização de 15.967 unidades, uma redução de 21,2% em relação ao mesmo período de 2016, quando foram vendidas 20.268 unidades.

Dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) indicam que a capital paulista registrou no mês de março o total de 1.555 unidades residenciais lançadas, volume 768,7% superior ao registrado em fevereiro (179 unidades) e 175,2% acima do resultado de março de 2016 (565 unidades). No acumulado de 12 meses (abril de 2016 a março de 2017), foram lançadas 19.251 unidades, uma variação negativa de 15,1% comparativamente aos 12 meses calculados de abril de 2015 a março de 2016, período que totalizou o lançamento de 22.663 unidades.

O primeiro trimestre de 2017 foi marcado pela melhora de vários indicadores macroeconômicos, dentre os quais a redução na taxa básica de juros e a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que atingiu índice próximo à meta estipulada pelo Banco Central. Para o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, os resultados da pesquisa de março confirmam o retorno da confiança dos empresários e dos compradores no Brasil. “O País está voltando para os trilhos e o mercado imobiliário é o termômetro disso. Na atual conjuntura, um dos principais entraves para o crescimento do mercado é o alto índice de desemprego”, diz.

Celso Petrucci, economista-chefe da entidade, acredita que o nível de emprego deverá melhorar lentamente. Ele explica que, em março, de acordo com a PNAD – Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, a taxa de desocupação, que mede a relação da população desocupada (14,2 milhões de pessoas) com a população na força de trabalho (103,1 milhões), registrou aumento em relação a fevereiro, chegando à proporção de 13,7%, a maior alta da série histórica do indicador, iniciada em 2012.

Já Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, destaca os resultados positivos das vendas de imóveis na zona Sul de São Paulo, com preços entre R$ 750 mil a R$ 900 mil, e área útil de 85 m² a 130 m². “Aguardamos a calibragem da Lei de Zoneamento da Capital, para que os bons resultados ganhem velocidade no segundo semestre.”

Oferta de imóveis novos – A capital paulista encerrou o mês de março de 2017 com a oferta de 23.142 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (abril de 2014 a março de 2017). Março apresentou alta de 2,6% em relação a fevereiro (22.546 unidades) e redução de 10,4% comparado a março de 2016 (25.823 unidades).

Dormitórios – Em março, os imóveis de 2 dormitórios predominaram nos lançamentos e nas vendas, com 691 e 598 unidades, respectivamente. O desempenho de 7,4% de comercialização de imóveis de 3 dormitórios foi o melhor e resultou das vendas de 431 unidades divididas pela soma do lançamento de 652 unidades com a oferta do início do período, de 5.193 unidades. A menor quantidade de oferta final foi dos imóveis de 4 dormitórios, com 1.505 unidades disponíveis para venda.

Área útil – Imóveis com metragem entre 45 m² e 65 m² de área útil registraram o maior volume de vendas, com 348 unidades. Em relação aos lançamentos, a faixa de 85 m² a 130 m² liderou, com 631 unidades. Essa faixa também apresentou o melhor VSO (9,9%), resultado da venda de 290 unidades em relação à oferta de 2.927 unidades. A faixa de 45 m² a 65 m² possui a maior participação (37,6%) de oferta de imóveis disponíveis para comercialização, com 8.692 unidades.

Faixa de preço – Os imóveis com preços na faixa de R$ 500 mil a R$ 900 mil lideraram os lançamentos e as vendas, respectivamente com 1.064 e 485 unidades. O melhor VSO foi de 9,6% dos imóveis com preços inferiores a R$ 240 mil, resultado de 225 vendas em relação à oferta de 2.334 imóveis. A faixa de preço de R$ 240 mil a R$ 500 mil possui a maior quantidade de oferta disponível para venda, com participação de 44,9% em relação ao total.

Zonas da cidade – A análise por zonas da cidade mostra que, em março, a região Sul liderou em todos os indicadores e registrou a maior quantidade de lançamentos e vendas, com 922 e 475 unidades, respectivamente, atingindo o melhor VSO (6,7%) e a maior participação de oferta disponível, 28,4% e 6.568 unidades.

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