Crédito imobiliário tem pior desempenho em mais de 3 anos

O crédito imobiliário com recursos da poupança registrou em setembro o menor volume mensal de desembolsos desde fevereiro de 2012. O desempenho foi especialmente ruim nas operações para construção de imóveis, que têm sofrido com uma demanda cada vez mais baixa das incorporadoras para lançamentos de novos empreendimentos, dado os elevados níveis de estoque.

No mês passado, foram desembolsados R$ 5,41 bilhões em empréstimos imobiliários com recursos da poupança, uma queda de 47,4% ante igual período de 2014. Na comparação com agosto, a queda foi de 7,8%. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e contemplam apenas os financiamentos concedidos com recursos da caderneta de poupança, o que exclui, por exemplo, os créditos do programa Minha Casa, Minha Vida, que usam como funding dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Tanto os desembolsos para aquisição como os destinados para construção de imóveis mostram quedas expressivas ante 2014. Contudo, embora as operações para pessoas físicas tenham mostrado alguma estabilidade ante agosto, os financiamentos concedidos às empresas continuam a desacelerar.

Em setembro, os bancos concederam R$ 1,5 bilhão em financiamento à construção de imóveis, com queda de 44,1% ante o mesmo mês de 2014. Já na comparação com agosto, houve um recuou de 23,1%. Esse é o pior desempenho mensal desde fevereiro de 2010. Vale notar, essa cifra também engloba empréstimos para compra de materiais de construção e reforma.

Já os recursos destinados à compra de imóveis somaram R$ 3,9 bilhões, com queda de 48,6% na comparação anual, mas com uma estabilidade (alta de 0,3%) ante agosto.

Não faltam problemas para o crédito imobiliário em 2015. Além de uma menor demanda por empréstimos, fruto da desaceleração da atividade econômica e do aumento do desemprego, outras questões estruturais ajudaram a secar a oferta de crédito para a modalidade. É o caso do volume recorde de retiradas de recursos da poupança, principal fonte de funding para o segmento, em um período em que a elevada taxa básica de juros inviabilizou que outros instrumentos de captação fossem usados na modalidade.

Na tentativa de evitar uma queda ainda maior na modalidade, o governo agiu no fim de maio e liberou aos bancos cerca de R$ 25 bilhões em recursos que poderiam ser usados no crédito para compra da casa própria.

Até 16 de outubro, a caderneta de poupança acumula neste ano uma saída líquida de recursos de R$ 52,3 bilhões, acima do que a Abecip projetava para o ano como um todo (R$ 50 bilhões), de acordo com dados do Banco Central.

Fonte: Valor Economico

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