Caixa planeja reduzir juros da casa própria no 2º semestre

Por: O Globo

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse que a instituição planeja reduzir os juros do financiamento da casa própria no segundo semestre — quando entrará em vigor um novo modelo de concessão do crédito, mais personalizado. De acordo com o projeto estudado pelo banco desde o ano passado, a medida vai permitir uma taxa menor para quem tiver condições de oferecer uma entrada maior ou precisar financiar uma cota menor do imóvel. Atualmente, os juros são padronizados, sendo mais acessíveis somente para servidores públicos, clientes da Caixa e quem recebe salário pelo banco.

— Vamos apresentar um projeto de redução de taxas de juros de habitação para o mercado, combinada com cota da financiamento e negócios agregados — disse Occhi, após anúncio da nova rodada de pagamento das contas inativas do FGTS.

Para explicar o novo modelo, ele citou dois tomadores com características semelhantes (mesma capacidade de pagamento). Pelo sistema atual, eles pagam a mesma taxa, independentemente se um vai pegar a cota máxima do financiamento do imóvel (que é de 80% em geral) e outro, apenas 50%, por exemplo.

Fora os empréstimos com recursos do FGTS, como o Minha Casa Minha Vida, cujos juros são tabelados, a taxa do financiamento habitacional mais em conta da Caixa, a linha pró-cotista, varia entre 7,85% e 8,85% ao ano. Nos empréstimos com recursos da poupança, a taxa vai de 10,25% (mínima) a 11% ao ano (máxima).

Occhi destacou que, apesar da trajetória de queda na taxa básica (Selic), desde outubro de 2016, a Caixa manteve os juros do empréstimo habitacional inalterados, porque os recursos da poupança continuam escassos. O funding (fonte de recursos para os empréstimos imobiliários), destacou, precisa ser complementado com captações no mercado:

— Quando os recursos da poupança forem suficientes para atender à demanda, a Caixa deve voltar a reduzir suas taxas.

No mês passado, a caderneta de poupança ficou no azul pela primeira vez no ano. Em maio, os depósitos superaram os saques em R$ 292,6 milhões.

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