Macramé é a nova tendência da decoração

Suportes para vasos, quadros e até apoios de cadeiras — as casas estão a ser invadidas por peças cheias de nós.

Fica bonito, sim senhora.

Pega-se em quatro fios de algodão, cordel ou até camurça. Sem recorrer a máquinas, entrelaça-se a matéria-prima de forma a fazer vários nós e formas geométricas. De maneira simples, é assim que funciona o macramé, uma técnica de tecelagem manual que graças à tendência boho chique está por todo o lado este verão.

A técnica surgiu durante o século XVII, quando a rainha Maria II pôs toda a gente a entrelaçar cordas na corte. Mais tarde, já no século seguinte, o macramé passou a fazer parte do dia a dia das senhoras inglesas, que se juntavam para beber o chá e trocar dicas sobre a arte. Na altura, foi, inclusive, lançado o manual “Sylvia’s Book of Macramé Lace“.

Nos anos 60, os hippies pegaram em todos os fios coloridos que encontraram e trouxeram de volta a técnica, através de pulseiras para os pés e malas à tiracolo que usavam dia sim, dia sim. Depois disso, o macramé deixou de ser visto — embora os hippies continuassem a usar as malas à tiracolo e o Ministério da Educação obrigasse os alunos nos anos 90 a aprender esta técnica na disciplina de trabalhos manuais.

Como em todas as tendências desta vida, tudo vai e volta. Por isso, não é de estranhar que o macramé esteja outra vez por todo o lado, ou melhor, todas as casas. Desta vez, a moda pede que os vasos estejam suspensos em peças cheias de nós, as cadeiras tenham suportes em corda e as paredes estejam decoradas também com quadros com esta técnica.

macramé

Peça da marca Cramet. Custa €80.

Perde-se a conta às inspirações — já há, inclusive, perfis de Instagram que vale a pena seguir — e às peças em macramé que enchem as revistas de decoração. Para os mais didatas até já se fazem workshops onde ensinam a técnica, como por exemplo, na Companhia das Agulhas, em Lisboa; e na CasaModesta, em Olhão.

Se quiser comprar a matéria-prima e aventurar-se em casa, pode sempre procurá-la na retrosaria de Rosa Pomar, em Lisboa. A regra é apenas uma: entrelaçar vários tipos de fios com diferentes cores e escolher um cantinho da sala para colocar a obra de arte.

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